Nessa receita vamos fazer um pão delicioso de jerimum (a famosa abóbora), com côco. Siga o passo a passo bem prático e você vai se surpreender.
Abóbora, abóbora menina, japonesa, jerimum, jerimum leite… o Brasil tem inúmeras variedades e nomes para essa fruta (é fruta sim, eu pesquisei!), que às vezes fica até difícil dizer qual é a que queremos.
Aqui no nordeste todas são chamadas de Jerimum, ou você só encontra essa variedade… não sei dizer ao certo.
Uma coisa é certa, a abóbora (ou jerimum) combina muito bem com doce, especialmente com côco. Tá aí o doce de abóbora com côco tão tradicional em Minas Gerais que não me deixa mentir.
E esse pãozinho, não foge à regra. A abóbora trouxe uma cor linda amarelada, e o côco combinou perfeitamente. Ficou super macio e saboroso. Pra deixar ainda mais irresistível, ainda recheei com beijinho.
A textura da massa desfia, quase como um brioche, só que de abóbora. E fique tranquilo que funciona com praticamente qualquer variedade, basta cozinhar e fazer um purê, só amassando. Só é preciso tirar bem a água da abóbora para que não interfira na hidratação da massa.
Vamos à receita do pão de jerimum com côco
Ingredientes:
532 gramas de farinha de trigo
133 gramas de água
90 gramas de açúcar
7 gramas de fermento seco (se quiser fazer com levain, use 175 gramas ou 33%)
16 gramas de manteiga ou banha
6 gramas de sal
66 gramas de óleo
66 gramas de purê de abóbora ou jerimum
1 ovo
Modo de preparo:
A farinha que utilizei foi a Rosa Branca, que na minha opinião é uma farinha barata e boa para vários tipos de pães.
Você pode fazer esse pão na batedeira ou na mão. Para que fique bem fofinho, como um brioche, é necessário uma sova mais demorada, aproximadamente 15 minutos na batedeira ou 30 minutos na mão. Mas todo o esforço vale a pena. O pão até desfia na hora de comer!
Para fazer na mão, coloque a farinha em uma tigela e abra uma cova no meio.
Após isso, adicione o fermento, o açúcar, o ovo, o purê de abóbora, a água, o óleo e o sal e misture tudo até incorporar toda a farinha.
Por fim, acrescente a manteiga e sove por uns 30 minutos até a massa ficar macia e homogênea.
Resista à tentação de adicionar muita farinha. Adicione apenas um pouquinho se sentir que está muito mole.
Como um brioche, a massa fica meio pegajosa durante o processo mas com a sova começa a desgrudar das mãos e chega ao ponto de véu.
Para fazer na batedeira, adicione metade da farinha no bowl, o açúcar, o fermento, o purê de abóbora, a água, e por fim, o óleo e o sal.
Vá adicionando o restante da farinha (282 gramas) aos poucos.
A massa fica bem pegajosa, parecendo que desandou, mas com a sova, começa a desgrudar lentamente das laterais do bowl, mais ou menos assim:
Sove por 5 minutos na velocidade baixa, depois mais 10 minutos na velocidade alta.
Cerca de 4 minutos antes de terminar a sovar coloque a manteiga e sove mais.
Por fim, a massa solta das laterais do bowl (repare que formou uma linha de massa e embaixo começa a limpar) e ao levantar o batedor, fica grudada.
A massa desgruda das mãos
Deixe crescer até dobrar de tamanho.
Enquanto isso, faça o beijinho.
Recheio de beijinho para essa receita de pão de jerimum com côco
Leve ao fogo uma lata de leite condensado e 40 gramas de côco ralado até engrossar.
Depois de pronto, enrole as bolinhas e reserve. Para agilizar, coloquei um pouco na geladeira para o calor não interferir na massa.
Modelando a massa do pão de jerimum com côco
Para modelar, passe bastante farinha nas mãos para não grudar e pegue uma quantidade de massa, abra e coloque uma bolinha de beijinho no meio, como nessa foto:
Feche como se fosse um pastel e dobre as duas pontas para o meio, formando uma trouxinha.
Acomode as bolinhas em uma forma untada, pincele uma gema e em alguns pães polvilhe um pouco açúcar mascavo e depois côco queimado.
Para fazer o côco queimado, apenas passei o côco ralado na frigideira e ele deu uma leve dourada. Do outro lado, para dar um contraste interessante, coloque açúcar de confeiteiro com côco ralado comum.
Novamente deixe crescer e asse em forno médio preaquecido por 180 graus por 40 minutos ou até que estejam dourados. Aproveite!!!!
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Esse livro me chamou bastante atenção, porque a autora é uma advogada que resolveu se dedicar à panificação (parece minha história…) mas ela abriu uma padaria artesanal para empregar mulheres imigrantes, que trouxeram receitas de seus países.
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