Quando se fala em produtos artesanais, logo vêm à mente a questão da origem dos insumos usados na produção. É assim com o champagne francês, que só pode ser chamado assim se for proveniente de uma certa região na França (senão, deve ser chamado de espumante mesmo…); com o vinho italiano, ou português, por exemplo, sempre produzidos por uma vinícola específica, que dá nome e origem ao produto; com os cafés especiais brasileiros e agora também com a farinha de trigo. A origem dos insumos passa a ser uma forte tendência no mercado da panificação artesanal.
O fato é que o futuro da panificação artesanal no Brasil passa pela rastreabilidade da farinha de trigo. Saber a origem do insumo conta muito para agregar valor ao produto final e o consumidor está valorizando cada vez mais isso também no pão de fermentação natural.
Rastreabilidade até o produtor
Essa tendência de saber a origem da farinha para a panificação artesanal já começa a aparecer no Paraná, onde uma marca de farinha de trigo nacional, a Moageira Irati, lançou no segundo semestre de 2019 o projeto “Trigo de Origem”.
A ideia é que cada lote da farinha seja produzido com o trigo proveniente de um produtor específico, sem misturas de origens diferentes. Por meio de um QR Code na embalagem da farinha, o consumidor pode obter informações sobre a variedade do grão, região onde foi plantado, o nome da fazenda, entre outras informações.
Um dos problemas da farinha brasileira é a questão da mistura de vários tipos em um mesmo silo. “Isso impede a qualidade constante da farinha brasileira”, explica Marcelo Vosnika, sócio da Moageira Irati.
Outra iniciativa interessante vem da Fazenda Vargem, que produz trigo desde o campo até a fabricação da farinha, que no caso é integral. O fato de plantar o trigo e produzir a própria farinha garante a rastreabilidade do produto final.
Panificação artesanal cresce no Brasil
Esse movimento só é possível graças ao aumento da procura por pães artesanais no país, mas principalmente graças ao trabalho de padeiros artesanais, que estão se dedicando a essa arte da panificação artesanal aqui no Brasil.
Os produtores começam a enxergar um futuro promissor para o mercado de panificação artesanal, como já acontece a algum tempo com os cafés especiais.
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Fonte: Gazeta do Povo
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